Números divulgados pelo Ministério Público do Trabalho no Piauí apontam que, em 2022, o Estado resgatou o maior número de trabalhadores dos últimos dez anos. Ao todo, foram 180 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão no Piauí. Esse também é o segundo maior índice de resgatados no Estado desde que as operações iniciaram, ficando atrás apenas do ano de 2007, quando foram resgatados 195 trabalhadores.
Levantamento do Ministério Público do Trabalho apontou que o Piauí foi o terceiro Estado do Brasil que mais resgatou trabalhadores em situação análoga à de escravidão, em 2022. Ao todo, foram 180 resgates no estado, número inferior apenas aos registrados em Minas Gerais (1070) e Goiás (271). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 27, durante ato alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado neste sábado, 28 de janeiro.
Dez homens foram resgatados em situação de trabalho análoga à de escravidão pelo Grupo Móvel Estadual de Combate ao Trabalho Escravo, que reúne representantes do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Eles estavam atuando na extração de pedras, em uma pedreira localizada na Serra do Quilombo, município de Palmeira do Piauí, no Sul do Estado. O resgate foi feito ainda no final de dezembro, na semana que antecedeu ao Natal, após denúncias encaminhadas ao MPT-PI.
O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) funcionará em regime de plantão ente os dias 20 de dezembro de 2022 e 06 de janeiro de 2023. A portaria disciplinando o horário de funcionamento do órgão foi assinada pelo Procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura, e leva em consideração as portarias da Procuradoria Geral do Trabalho e também o ato do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região.